A aplicação das medidas mais restritivas do Minas Consciente, programa do governo mineiro para conter o avanço da pandemia de Covid-19, está causando prejuízos enormes aos setores de comércio e serviços no Estado. A estimativa é que no período de vigência da Onda Roxa, que vai de 17 de março a 4 de abril, as perdas cheguem a R$ 8,8 bilhões, conforme levantamento feito pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG).
De acordo com o levantamento da FCDL-MG, o prejuízo estimado de 17 de março até o dia 4 de abril, data prevista para o término da onda roxa no Estado, será de aproximadamente R$ 8,8 bilhões. Levando em consideração apenas os 13 primeiros dias de fechamento das atividades, o prejuízo diário, com base no Produto Interno Bruto (PIB), chegou a R$ 462 milhões em Minas Gerais, o que em 13 dias soma R$ 6 bilhões.
Desta maneira, a estimativa é que 203 mil empresas estão fechadas, o que representa 58% do total. São cerca de 1.470.482 postos de trabalhos não funcionando ou funcionando abaixo da potencialidade, representando 57% do total.
Devido à crise grave enfrentada pelos setores de comércio e serviços, os presidentes das CDLs mineiras e das Associações Comerciais do Estado (ACEs) tiveram na última segunda-feira (29/03), uma reunião virtual exclusiva com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Durante o encontro, foi reforçada a necessidade de equilíbrio nas medidas restritivas, já que os setores de comércio e de serviços são os que mais vêm sofrendo com os impactos da pandemia.
“Pedimos para o governador permitir que os setores de comércio e serviços voltem a funcionar a partir de 1º de abril e que a Onda Roxa não seja prolongada. Os empresários trabalham seguindo todos os protocolos para evitar a transmissão da Covid-19 e estão sendo penalizados. É preciso que sejam feitas mais fiscalizações, evitando festas clandestinas, o que são as grandes propagadoras da doença”, disse o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra.
Durante a reunião, o governo de Minas apresentou medidas que estão sendo adotadas para auxiliar os empresários que estão impedidos de abrirem os negócios. Dentre elas estão o Refis do ICMS, parcelamento de débitos com Copasa e Cemig e o novo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Fonte: Diário do Comércio